23/03/2014

Perder ou ganhar? Eis a questão!



Nos dias atuais, as crianças começam desde muito cedo a enfrentar a concorrência em seus vários aspectos. Nossos filhos, além de tudo, são atletas, representam o clube, muitas vezes o seu Estado ou o seu País e pelo menos uma vez por mês passam por competições onde são motivados e treinados para ganhar o “ Primeiro Lugar”.
Mas a tão esperada vitória nem sempre acontece e isso se dá por diversos fatores, mas tanto a “vitória” quanto a “derrota” desencadeiam um “turbilhão” de emoções sofridas por nossos atletas, as quais nós, pais, vivenciamos intensamente.
Essas emoções não são espontâneas, elas tem explicações lógicas e é isso que fui pesquisar e quero dividir com vocês:

No cérebro, ou mais especificamente no córtex cerebral, situa-se o local responsável pela tomada de consciência das emoções que sentimos, e simultaneamente dependendo da consciência e intensidade dessas emoções, nosso organismo manifesta alterações orgânicas compatíveis. Sequencialmente e de forma integrada, as emoções invadem outras áreas cerebrais, como por exemplo, as porções subcorticais, cuja função é preparar o organismo para a reação necessária, comunicam nossos estados emocionais ao ambiente e às outras pessoas formando a base do comportamento emocional.

 Numa competição o cérebro interpreta como condição indutora de alarme desencadeando uma reação de alarme e prontidão dando início às mudanças nas condições orgânicas de equilíbrio, promovendo a secreção de diversos hormônios, principalmente representados por descargas de adrenalina, os quais de forma integrada eleva a frequência cardíaca, eleva a liberação de glicose pelo fígado, eleva a frequência respiratória, promovem dilatação da pupila e deixam o organismo desperto. Na realidade, toda essa revolução fisiológica visa colocar todo o organismo em alerta, entendendo que uma pequena ansiedade é o requisito psíquico para a manutenção deste estado de alerta. 

Caso os objetivo
s não sejam atingidos, como por exemplo, em uma derrota as áreas do sistema nervoso são ativadas e o hipotálamo interpreta a situação enquanto a condição indutora de estresse contabiliza a intensidade dos fenômenos estressores sensoriais ou físicos e rapidamente deflagra uma intensa secreção de hormônios que participam da reação frente ao estresse, dentre eles, o cortisol, a adrenalina, a noradrenalina, etc.

Os efeitos emocionais são representados pelo aumento das tensões físicas e psicológicas: reduz-se a capacidade de relaxamento do tônus muscular, de se sentir bem, desaparecem as sensações de saúde e de bem-estar
; a pessoa pode tornar-se indiferente, aumentam as explosões emocionais; aparece a depressão e a sensação de desamparo: o entusiasmo cai ainda mais, surge um sentimento de impotência para influenciar os fatos ou os próprios sentimentos a respeito deles; a autoestima diminui de forma aguda: desenvolvem-se sentimentos de incompetência e de inutilidade. Nesta fase, o organismo reduz a secreção de serotonina e implanta-se o quadro depressivo.

Agora vamos avaliar as respostas do sistema nervoso durante a vitória ou sucesso nas atividades física, atingindo os objetivos. Ao perceber que o propósito foi alcançado, que os limites foram superados, que as dificuldades foram vencidas, todo o sistema límbico é ativado provocando uma grande secreção de serotonina, neuro hormônio que integra o psíquico com o físico, desencadeando sintomas como taquicardia, tremores, tensão muscular, fenômenos que são acompanhados por uma grande sensação de bem estar, sensações de alegria, de prazer, eventos que ocorrem devido à maré de serotonina que invade o sistema límbico, promovendo indescritíveis sensações de felicidade e prazer. O bem-estar agora instalado causa mudanças bioquímicas no cérebro e a psiquê que se exteriorizam em sentimentos e emoções, são coquetéis de substâncias combinadas entre si, e que circulam em nosso sangue, alcançando nossos centros sensitivos, nos oferecendo as sensações que nos fazem sentir vivos. 
Essas estruturas subcorticais envolvidas na emoção ocupam distintos territórios no cérebro, controlam os níveis de atividade nas diferentes áreas do encéfalo, regulam os impulsos da motivação, bem como as sensações de prazer ou punição, de forma que se integralizam em grande parte no sistema límbico (estruturas cerebrais responsável pelas emoções).

Fonte: REVISTA SUPLEMENTAÇÃO


Estamos lidando com seres humanos, com jovens em processo de formação, e digo formação no aspecto amplo: formação corporal, formação de caráter, de valores etc... Precisamos prepará-los para vitórias e derrotas porque o mundo que os aguarda é extremamente competitivo e não “poupa” ninguém!

Então: Que venham as competições, afinal já não sabemos mais viver sem elas, mas que estejamos preparados para as várias emoções que podem ser manifestadas por nossos atletas! 

2 comentários:

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