08/10/2013

Difícil arte de ser mãe de atleta

Bom, depois de muito pensar em o que iria escrever, vamos lá. Não sou muito boa com as palavras, mas juro,tentarei fazer o melhor. Meu nome é Andrea, sou mãe da Victoria, ou da Vi, como vou tratar ela aqui... A Vi começou treinar judô há 4 anos, foi muito estranho, pois era uma menina toda delicada e eu achava que judô era coisa de menino, tanto que colocamos meu filho. Mas, logo na terceira aula, ele desistiu e o sensei dele na época comentou que a Vi tinha pedido um kimono,  pois gostaria de treinar. Bom... incentivei ela.
Quase 2 meses depois, lá estava eu na minha estréia em um campeonato:  nervosa, torcendo muito. Ela então entrou naquele tatame, perdeu a primeira luta e aprendeu a lidar com as perdas...depois foi lá e ganhou as duas próximas lutas e, em seu primeiro campeonato, foi campeã metropolitana. E a partir dali o judô se tornou algo apaixonante em nossas vidas.

Bom,  depois da nossa primeira competição, nos apaixonados por esse esporte. A Vi começou a treinar 3 vezes por semana. Vieram as lesões: fraturou a clavícula, várias pequenas fraturas nos dedinhos das mãos, e eu sempre muito preocupada, mas ela nunca reclamou, sempre me dizia quando eu ia conversar com ela: "MÃE EU AMO JUDÔ". Não foi fácil, viajamos, choramos, comemoramos, sempre a cada vitória ou derrota, eu estava lá, nem que fosse simplesmente para dar um abraço mesmo em silêncio...
Depois de quase 4 anos, sentia que a Vi estava desmotivada, já não ia mais nos treinos com tanta dedicação, não falava mais no judô com o mesmo brilho nos olhos. Então começamos a cogitar a troca de clube, ela se empolgou... Em maio, na Copa São Leopoldo, estava olhando ela lutar, quando o sensei Daniel passou por mim  e me cumprimentou. Aproveitei, conversei com ele que gostaria de levar a Vi para a Sogipa, ele falou que estariam de portas abertas para ela...
Naquela semana fiz tudo muito rápido, a transferência do clube, deixar tudo para trás. A base que ela teve vai ficar para sempre, mas ela tinha que voar.
A empolgação voltou! Para ela a troca foi ótima, eu no começo me senti uma estranha no ninho mas, aos poucos, fui conhecendo as outras mães. A Carol recebe muito bem os novos,  também a Vanessa, a Fabi e todas as outras mães. Estamos muito felizes com a troca, só sinto não poder acompanhar minha filha, mas sei que em todas as competições tem sempre olhos cuidadosos cuidando a Vi.

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