04/10/2013

A primeira vez no Jiu: mãe despreparada sofre ainda mais!

Desde o ano passado, a Laurinha começou a demonstrar interesse por outra arte: o jiu-jitsu.
Um grupo de colegas do judô praticava (e competia) em uma academia próxima, a  Alliance Mario Reis. Eu já tinha ouvido falar nos benefícios da prática deste esporte e, há mais ou menos quatro meses, resolvi matriculá-la: duas aulas por semana, apenas para aprender, sem objetivo de competição.
Mas a Laura gostou da coisa. Incentivada pelo professor, sensei Iuri, que carinhosamente a apelidou de "Ogrinha", decidiu competir. Três meses após o início dos treinos, estava inscrita para a IV Etapa Prime da Copa Gaúcha 2013.
A competição estava marcada para 15/09, em São Leopoldo. Final de semana cheio, já que no dia anterior, estaríamos em Caxias, competindo também no judô. E a ansiedade da mãe aqui em níveis assustadores.

O dia da competição


FGJJ costuma divulgar as chaves dois dias antes do evento. Sabíamos que a Laura teria apenas uma adversária, que ela se chamava Ketlyn e que era mais graduada (amarela).
Diferentemente dos eventos do judô, consegui facilmente ter acesso à  pesagem e área de concentração. Ficava analisando TODAS as meninas com faixa amarela e que aparentavam ter a mesma idade / peso, tentando descobrir qual delas seria a adversária. 
O que eu sabia, era que "quem faz judô tem mais vantagem, porque consegue derrubar e já sai pontuando com a queda",  e só.   Localizamos a Ketlyn e eu logo fui estabelecendo contato. Ela me contou que já fazia jiu-jitsu há dois anos. Senti um aperto no coração. Perguntei se ela praticava algum outro esporte e, naturalmente, ela respondeu "judô".  A ansiedade deu lugar ao pavor. Ao contrário de mim, Laurinha estava tranquila e confiante.

Durante a luta, incrivelmente, permaneci quase todo o tempo muda. O árbitro fazia muitos gestos, sempre com o braço em direção à Laura, e o placar ia aumentando. Eu só conseguia entender que ela estava ganhando, mas não sabia nem o que gritar pra incentivar.
Nas competições de jiu-jitsu, ao contrário do judô, os professores / técnicos não tem permissão de orientar o atleta no shiai jo. Quem fez esse trabalho, do lado de fora,  foi a Vanessa, mãe da Tatá, que sabe MUITO e que, com certeza, tem muito a ensinar.
Ao final dos quatro minutos de luta, o placar marcava 20 X 0. Vitória esmagadora da Laura. Medalha de ouro na estreia em competições. E a mãe aqui babando de orgulho, como não poderia deixar de ser.

O vídeo:





E as fotos:

pódio

Laura, Igor, Nubya, Camile, Thauany e Brenda: equipe Alliance Mário Reis


Obviamente, depois do sufoco que eu passei, resolvi aprender mais sobre o esporte.  Após estudar muito as regras da IBJJF**, ver e rever o vídeo da luta, já me sinto melhor preparada para a próxima competição: 20 de outubro, Gramado nos espera!


** Quem quiser conhecer as regras e aprender um pouco mais, pode clicar aqui. O manual é detalhado, bem explicadinho e com fotos.

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