Mães imperfeitas

Sou mãe e não sou perfeita. Todos que começaram a ler esse texto pensaram: Óbvio ! Ninguém é.

Pois digo a vocês: óbvio, coisa nenhuma !  Somos cobradas diariamente por seres humanos iguais a nós que sejamos perfeitas e o pior é que, inconscientemente, também nos cobramos. A responsabilidade de ser mãe é gigante, considero 80%, se não mais, do que nossos filhos se tornam na vida, responsabilidade nossa.

As escolhas.... São elas as responsáveis por tudo, e são muitas. Definimos tudo na vida dos nossos filhos, até que chega o momento em que, aos poucos, permitimos que eles mesmo sigam seus caminhos, façam eles suas opções. Mas até lá passam-se anos, os anos mais importantes em termos de desenvolvimento.

Às vezes, me questiono: Será mesmo que a escola é absolutamente importante? Quando penso que muitas pessoas que conheço e admiro chegaram a repetir o ano, continuaram,  começaram o ensino médio, repetiram mais um ano, acabaram fazendo faculdade e pós graduação. Conheço outras que nunca repetiram de ano na escola e, em compensação, pararam no ensino médio. Será que a nota alta na escola é a coisa principal nos dias de hoje, onde características como: criatividade, adaptabilidade, pró-atividade e interatividade são cruciais para o novo mercado de trabalho?

E quando falo mercado de trabalho, também estou me referindo ao "mercado de trabalho esportivo". O esporte na vida dos filhos é essencial,  quanto a isso não temos dúvidas. Mas será que todos eles tem perfil para o alto rendimento? A função das mães é dar as oportunidades, abrir caminhos.

Não somos perfeitas, erramos e acertamos, todos os dias.  E nossos filhos também: na vida e no esporte. Estamos aqui para aprender juntos. Já vi muito adulto agradecendo os cascudos que levou da mãe na infância, mas nunca vi ninguém agradecer por não ter sido cobrado.
Somos cobradas pela vida, e as cobranças nos alertam para o que podemos melhorar.

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