11/05/2014

Um lindo presente de dias das mães adiantado

Hoje é domingo, dia das mães, e o melhor presente que eu poderia ganhar, ganhei ontem: a classificação do meu filho para o campeonato Brasileiro, que se realizará em João Pessoa no mês de Agosto. É o primeiro ano de sub13 do Fabrício, ou seja, o primeiro ano que ele tem essa possibilidade, segundo as regras da CBJ.No Brasileiro Regional ele perdeu a vaga por muito pouco, e a seletiva em Santa Maria seria a última chance do ano.

Faltando um semana para a seletiva o Fabrício já estava preocupado e veio conversar comigo. Por mais que nós mães tentemos aliviar a pressão, existe sim uma cobrança: o simples fato de ver os próprios colegas se classificando não deixa de ser uma pressão, e isso é bom, faz o atleta querer ser cada vez melhor. Durante a conversa com o Fabrício falei: - Filho, se você não quiser ver seus colegas pela internet novamente, terá que se classificar. Treina forte essa semana, eu acredito em você.
Sei que joguei alto, mas se dissesse pra ele o que a maioria das mães diriam, o resultado seria o mesmo que a maioria tem, e a maioria fica só querendo, somente a minoria se classifica, de aproximadamente 200 atletas do sub13, só se classificariam 16. Então era preciso ser a minoria.
Ele fez a parte dele, treinou forte, ouviu todos os conselhos e ensinamentos dos Senseis, aproveitou o máximo o randori com os colegas.
Chegou então o esperado dia. Acordamos às duas da manhã, viajamos quatro horas até Santa Maria, chegamos no ginásio bem cedo. Começaram as lutas do sub13 e todos os pais desceram e foram para a tela (que fica junto as áreas de luta), todos de pé, olhos vidrados, torcendo muito. Acho que nunca tinha visto os pais tão unidos! Quando chegaram as lutas finais, existia uma energia em todos que fazia nossa voz ecoar por todo o ginásio, como se somente nós estivéssemos ali. Penúltima luta do Fabrício, ele iria lutar com o adversário que ficou com a vaga do Brasileiro Regional, atleta de quem ele não ganhava, tensão total, pensei: "vai ter que ser hoje". Chamei ele e disse: - Fabrício, a vaga é tua, estão querendo roubar o que é teu, não deixa!
E ele foi pra lutar, na hora pensei "agora ferrou! , não devia ter dito isso". Começa a luta, concentração total, ele lutou como poucas vezes eu vi, como gente grande, superação,  meu filho ganhou. Nos  abraçamos e choramos, ainda faltava uma luta, mas essa vontade, essa superação, pra mim, já valia a classificação, ela é a prova que cada dificuldade, cada desafio vale a pena, podem acreditar!


Um comentário:

  1. Já tinha chorado ontem e chorei agora de novo. Parabéns à vocês! Vitória merecida!

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