A minha vida não foi diferente da
maioria das outras mães. Vivemos uma gestação por nove meses, criamos
expectativas e fazemos planos para aquela criança que nos chamará de mãe. Após
aquele período de licença maternidade somos obrigadas a deixá-los sob os
cuidados de alguém e voltar ao trabalho. As despesas aumentam muito com um
filho e aí trabalhamos cada vez mais para supri-las e com isso a convivência
com nossos filhos vai se tornando cada vez menor, mas o importante é que ela
tenha qualidade.
Aos três anos minha filha começou
a praticar esportes e nunca mais parou. Experimentou tudo o que quis e sempre a
apoiei. Sempre achei o esporte muito importante em todos os aspectos. Fazia as
atividades no turno inverso da escola e nunca podia acompanhá-la, a não ser
quando tinha algo aos finais de semana (competições, apresentações).
Quando fez doze anos, passou a
praticar o judô num clube de grande porte, com aulas à noite. Passei a
participar ativamente da sua rotina e posso afirmar que foi a melhor coisa que
aconteceu nas nossas vidas.
Aquele se tornou o nosso momento
juntas. Estou sempre ali, na arquibancada, acompanhando o seu desenvolvimento.
Nos finais de semana ocorrem os campeonatos e também estou ali para apoiá-la,
vibrando com as suas conquistas, admirando a sua evolução ou consolando-a quando
o resultado esperado não vem.
Eventualmente fazemos viagens
fora do Estado, que são maravilhosas, conhecemos lugares, fazemos amizades...
Tenho certeza de que se não
houvesse este envolvimento, estaríamos todas as noites cada uma fazendo uma
determinada coisa e a nossa relação não seria tão intensa. Além de todos os benefícios
que o Esporte traz, considero-o grande aliado na minha relação "mãe/filha".
Finalzinho do ano passado passei
a fazer os treinos para aprender e poder
entender um pouco do que ela passa no seu dia-a-dia.
Estou adorando, pois além de
estar praticando uma atividade, continuo envolvida naquele “meio” que tanto
gosto.
Esta semana tivemos um treino
coletivo das mães com os seus filhos. Esta foi uma iniciativa do Departamento
como forma de homenagem pelo Dia das Mães. Foi maravilhoso estar ao seu lado,
recebendo as suas orientações. Várias pessoas participaram e, apesar daquele
misto de sentimentos (vergonha, constrangimentos e risos), todas foram
categóricas ao afirmar que gostaram da experiência.
Perdi vários momentos da infância
da minha filha, mas hoje, beirando os seus quinze anos, ela ainda me quer por
perto, coisa um pouco rara entre os adolescentes, e vou viver intensamente este
momento, apoiando-a sempre, afinal já diz o ditado:
O futuro, a Deus pertence!
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