Dizer que a minha mãe, a Dona Vera, foi importante na minha vida é muito pouco para mensurar o valor dela para mim e a para minha família. No judô, então, nem se fala.
De longe ela sempre foi quem mais acreditou no meu potencial e me incentivou. Quando bem criança, ela me obrigava a cumprir as ordens do sensei Kiko e a guardar cada tatame de palha no seu devido lugar após o treino. Muitas vezes ficava lá sozinho, cansado, depois de dois turnos na escola e de treinos. O olhar dela quando pensava em desistir era o complemento à disciplina do esporte e foi uma das maiores lições que ela poderia me passar.
Quando já era adolescente, lembro bem dos esforços dela, das horas cozinhando, para que eu pudesse financiar minhas viagens para competições. Vender pizza era o jeito. Ou de quando eu pensava em desistir do judô pela falta de patrocínio. E também nunca esquecerei das palavras de ânimo que me incentivavam a treinar mais na busca do meu sonho.
Realizei meu sonho, fui campeão mundial de judô e naquele momento me veio à mente tudo que ela fez por mim. E eu sei que, sem ela, não teria sido possível.
No dia das mães, que comemoramos hoje, posso afirmar com todas as letras que tenho a melhor mãe do mundo e que ela, com seus valores, determinação e amor foi mais do que importante nas conquistas da minha vida, mas essencial. Obrigado, mãe, por ser, até hoje, essa mulher incrível. Que Deus siga te abençoando e nos permita muitos e muitos dias das mães juntos!
*João Derly é o primeiro brasileiro bicampeão mundial de judô. Foi vereador na cidade de Porto Alegre e, atualmente, representa os gaúchos na Câmara como Deputado Federal.
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