Então o ano de 2014 não foi nada daquilo
que imaginávamos no término de 2013.
Só agora, depois de 4 meses que se
iniciou o ano, que paro para pensar como tem sido complicado os últimos 5 anos
das nossas vidas no Judô.
Bom... 2 meses depois, ela já estava em sua
primeira competição e, adivinhem? “campeã metropolitana 2010!!”. E assim
começamos a caminhar por essa estrada com muitas vitórias e também muitas
derrotas.
Em 2013 veio a maior decisão a ser
tomada: trocar de clube. Pensamos, pesamos prós e contras e decidimos, Iniciava
ali uma nova caminhada: clube grande, sonhos grandes, conviver com atletas que
ate então eram nossos ídolos(digo nossos, porque o sonho e a caminhada nunca é só
do atleta e sim de um pai ou uma mãe, como no meu caso).
2013 encerrou-se com grandes
aprendizados e iniciou-se 2014, com frustrações, derrotas e muito aprendizado. Em
março, a primeira lesão grave, rompimento dos ligamentos da mão esquerda com desprendimento
de pequenas partículas de ossos. 'Nossa, fiquei sem chão', olhei para minha filha
sem saber o que dizer, O médico nem discutiu. Foi duro: “com muita sorte, em 2 meses
estaria de volta”. Claro, foram consultas todas as semanas, fisioterapias, e os
campeonatos que aconteciam e ela não podendo participar.., subiu de peso, pois não
estava treinando.
Mas em dois meses estava lá tentando
retomar o que tinha deixado pra trás. E vieram derrotas, lágrimas, Não se
classificou para nenhuma competição fora
do estado. Perdeu lutas injustas, onde muitos vinham me dizer ela foi bem
melhor, Eu sabia que ela tinha sido melhor, mas as injustiças aconteciam, e
isso é fato.
Em setembro, viajamos para o RJ, onde
ela conseguiu o 3° lugar na competição Internacional do RJ. Aproveitamos e
passeamos, nos divertimos. E, em novembro, nova lesão: agora seria no joelho,
novamente afastada de duas competições, se poupando e fazendo fisioterapia para
disputar o Estadual Geral em dezembro, onde foi bronze.
E terminou o terrível ano de 2014.
Em
2015, uma nova etapa se iniciava na vida dela, Classe nova, novos desafios, agora seria sub-18, ou juvenil como preferirem, Ela estava muito tranquila em
relação aos desafios deste ano, repetia que era um ano de aprendizado, ter de
se firmar, de focar no futuro.
Eu achei que seria tranquilo mas, ao invés
disto, vieram as indecisões de uma adolescente, brigas internas, em que peso
competir, continuar competindo ou desistir... E eu, que achei estar preparada para
este dia, que nada! Fiquei tão perdida quanto ela, como seriam nossas vidas se
ela realmente desistisse do esporte que tanto amava e se dedicava? Como seria
a minha vida sem os campeonatos, sem os estresses pré-competição? Mas qualquer
que fosse a sua decisão, estava resolvida a respeitar, afinal é o futuro dela,
são os sonhos dela.
No ultimo dia 28/03 ela se classificou
para o campeonato Sul Brasileiro, que se realizará em Santa Catarina dos dias
24 a 26/04. Por enquanto, ela está indo aos treinos, se dedicando... Se está
sonhando com o futuro no judô? Não sei, Confesso que àss vezes tenho medo da
resposta, procuro deixar ela decidir seu futuro sozinha, a decisão é difícil,
mas os sonhos também são difíceis. Ainda mais em um esporte sem incentivo
nenhum do governo, onde poucos se destacam.
Muito bom!!
ResponderExcluirsó mudaria uma coisa, Ândrea: 2014 NÃO foi terrível.
ResponderExcluirvocês duas estão aí: bem, inteiras, vivas, unidas... e FORTALECIDAS!
bjs