06/01/2015

Quanto custa manter o filho no esporte


          Hoje resolvi escrever sobre um tema pouco desenvolvido aqui no blog, imagino que nenhuma mãe tenha tocado nesse ponto ainda porque fica parecendo cobrança ou até arrependimento, mas não é nada disso. O meu tema hoje é o quanto custa manter o filho, ou no meu caso os filhos, no esporte. Seja lá qual for o esporte, é necessário o investimento dos pais, isso é certo. Não existe dúvida de que vale a pena tal investimento, esporte é acima de qualquer coisa, saúde. Junto com a saúde vem: as boas companhias, cabeça ( dos filhos ) ocupada, disciplina, persistência, aprendizado que ás vezes se ganha, ás vezes se perde, experiência de vida, sem falar nas amizades que provavelmente serão pra vida toda e um monte de outras coisas. 
         Gostaria de deixar claro, que não esperamos nenhum retorno financeiro por parte dos filhos, se eles irão ou não se transformar em profissionais e ter algum retorno salarial vindo do esporte, isso só a Deus pertence. Mas o fato é que a conta precisa fechar no final do mês e esse é o ponto. Quantos pais e mães de atleta que conheço, preferem nem fazer o cálculo do quanto gastam anualmente com seu(s) filhos, com medo de descobrir que na verdade nem tem condições pra isso? 
      Os gastos começam nas mensalidades, kimonos, inscrição pros campeonatos, viagens e por aí vai. E claro que aqui falei de gastos diretos, ainda tem transporte, alimentação, porque não é raro, as crianças que precisam fazer refeições no clube porque vem direto da escola, etc. Infelizmente nascemos em um país que não vê o esporte como forma de inclusão social e desenvolvimento intelectual, então o investimento em categorias de base é praticamente nula, e a gente que vive o esporte diariamente sabe o quanto a base é importante, prioritária, sem começo não tem meio nem fim. 
        Sem a criança que volta a treinar no dia 05/01 com sensação térmica de 40 graus no dojô não teremos profissionais no futuro. E qual o motivo que não há investimento da iniciativa privada pras categorias de base ? Depois de 4 anos no esporte a gente acaba percebendo que existe o medo de investir no "mini atleta" e esse no futuro não "dar lucro ", porque é criança, porque ano que vem ou nos próximos pode mudar sim de ideia. Só que o que os empresários não percebem é que podem até não ter formado um atleta de ponta, se for esse o caso, mas formaram cidadãos de bem, íntegros, sadios, pessoas que com certeza  tornarão o país que eles vivem melhor. Como pais aguardamos a mudança de postura tanto do governo quanto da iniciativa privada para que nenhuma criança perca a oportunidade de praticar o esporte que ama.



Um comentário:

  1. É isso ai Ana o paitrocinio ou maetrocinio é grande, mas pir experiência própria posso te dizer que vale muito a pena, principalmente pela grande familia que nos tornamos. Quanto ao apoio do governo ou patrocinadores tenho esperança que um dia entendam que sai mais barato manter as crianças no esporte do que tirar elas das drogas mais tarde!! Bjs

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